Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observa-se falhas na educação tanto nas escolas, como também dentro das famílias. Logo, se ver as cicatrizes dessas falhas se disseminando na sociedade. Os relacionamentos abusivos podem se classificar como um desses lapsos, uma vez que, perpetua o ensinamento da soberania do homem sobre a mulher e a necessidade de a figura masculina ter o controle no relacionamento. Ademais, essa é a definição de relacionamento abusivo; o abusador é alimentado pelo desejo de posse e controle em relação a parceira. Por consequência, age de forma agressiva, machucando sua parceira fisicamente e psicologicamente. As vítimas, na maioria das vezes não sabem identificar que estão em uma relação abusiva, em razão do abusador a fazer acreditar que é culpada e merece sofrer a violência. Além disso, há uma normalização da violência contra a mulher nos relacionamentos em consonância com a romantização desse tipo de abuso em novelas, filmes, livros e desenho. Por exemplo, existe abusos explícitos em desenhos que aparecem a Alerquina e o Coringa, mostrando como o abusador se apropria da vitima e mesmo assim ela continua a perdoa-lo. Em suma, precisa-se de um mapeamento comportamental característico de um abusador, para que, as vitimas possam identificar que estão em uma relação abusiva. Para tal fim, o governo federal deve promover mais pesquisar psicanalíticas que promovam um aprofundamento do assunto. Dessa maneira, a mídia juntamente com as escolas será capaz de alcançar mais vítimas por intermédio do debater e alastramento dos indícios de uma relação abusiva e como sair dela.