O caso marcante da russa Margarita Gracheva que teve seus pulsos decepados por um machado empunhado pelo marido em 2017 mostra o lado mais terrível desse câncer social incrustrado na cultura dos povos, principalmente e alarmantemente na brasileira, em que registrou-se 4.657 mortes de mulheres pelo simples fato de ser mulher naquele mesmo ano, ainda segundo dados da Organização Mundial de Saúde, em 2018 o número cresceu ainda mais, com cerca de 13 mulheres sendo vítimas de assassinato por dia no Brasil. Portanto, está mais do que claro que esse tipo de comportamento deve ser tratado com maior severidade pela justiça, que além de punições mais brandas aplique também ações socioculturais, como grupos de reestruturação cultural voltados aos homens, pois ao desconstruir estereótipos e preconceitos de gênero, é possível aplacar o mal do machismo existente na sociedade, deve-se também abrir espaço para a denúncia, conversa sobre o tema e conscientização das comunidades carentes por meio de palestras e ações sociais nesses locais onde, segundo dados, mais ocorrem os casos de violência doméstica. A Lei Maria da Penha foi um salto jurídico social e tanto por focar nas mulheres agredidas, a Lei do Feminicídio define o crime contra mulheres como crime hediondo, medidas assim mostram mais do que nunca que agora é preciso tratar os agressores, mostrar a eles que o machismo é uma doença social e que precisa urgentemente ser curado.