Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 03/10/2018

Em meados do século XIX, o sociólogo alemão Karl Marx conceituou a luta de classes como o conflito socioeconômico entre diferentes grupos que, no decorrer da história, dividiam-se entre opressores e oprimidos. Já no século XX, Simone de Beauvoir, filosofa existencialista, expandiu essa expressão para o âmbito cultural, em que o machismo retificava a violência na relação entre homens e mulheres. Atualmente o comportamento abusivo em relacionamentos ainda se faz presente no Brasil, sendo necessárias, por isso, medidas que busquem a sua extinção. Em primeiro lugar, é importante destacar que o regime patriarcal, herdado desde o período colonial, torna-se um dos fatores impulsionadores para a manutenção do sentimento de subjugação feminina perante o homem. Os movimentos feministas e a incorporação das mulheres no mercado de trabalho, além da sua consequente ascensão econômica, não foram suficientes para extenuar o sentido histórico de dominação para com a parceira. Dessa maneira, observa-se que o comportamento autoritário, o qual gera violências físicas, psicológicas e outras mais, perdura por razões histórico-sociais. Em segunda análise, verifica-se que o culto à soberania da sociedade moderna gera reflexos também no convívio interpessoal. Segundo Max Weber, economista alemão, o poder necessita da aceitação dos dominados para tornar-se pleno. Esse consentimento, contudo, quando atribuído à convivência, também está associado ao que o filosofo Émile Durkheim chamou de "fato social", em que a naturalização de comportamentos é coercitiva e exterior ao indivíduo. Com isso, casos de agressão passíveis de denúncia recaem no senso comum e não são julgados. Fica claro, portanto, que a questão dos relacionamentos abusivos ainda é uma constante na sociedade brasileira. Nesse sentido, é fundamental que o Estado, em especial o Ministério da Segurança Pública, promova a criação de campanhas que visem ao aumento do número de criminações. Para isso, deve-se propagar em veículos midiáticos, como redes sociais e televisivas, informações sobre como o abuso de poder se manifesta em variadas situações, a fim de aumentar o percentual de denúncias. Ademais, é essencial a promulgação de consultas psicológicas para as vítimas, o que extenuaria os consequentes danos do julgamento.