Há muito tempo a questão dos relacionamentos abusivos no Brasil é um problema : a cultura patriarcal contribui para estabelecer o cenário não apenas da violência física,mas também da violência simbólica.Nesse contexto,o agressor só precisa de uma vítima e de um contexto específico para justificar seus atos. Primeiramente,para o filósofo Bourdieu a agressão não precisa necessariamente ser física, e sim psicológica.Com isso,ações inconscientes e banais como a proibição de usar roupas curtas em lugares públicos,não há dúvidas de que possa evoluir para a coação física,com o decorrer do tempo.De fato, os resquícios do patriarcalismo ainda estão incrustados na sociedade tão complexa que vivemos ,grande parte dos agressores são homens heterossexual e portanto,é ingênuo acreditar que no Brasil o determinismo cultural não se faça presente. Em segundo plano ,é indispensável salientar que o corpo social vive uma espécie de ''Cegueira Moral'',assim qualificada pelo sociólogo Baumann, na qual o processo de individualização da humanidade permite que a estejamos cegos diante do isolamento,ou seja,nesse caso o medo da solidão age como barreira psicológica para desfazer os laços afetivos criados socialmente.Dessa forma,a vítima se coloca escrava da situação onde só o "Eu'' íntegro do indivíduo pode libertar-lo da linha de insegurança. Diante dos argumentos supracitados, é necessário que seja mudado o ''status quo'' social,para isso toda a parte psicológica,jurídica e política deve ser a base da organização a fim de sanar o problema.Portanto,o Estado por meio do Ministério da Segurança haverão de alavancar os projetos sociais pautados nas denúncias e assim garantir a eficácia deles.Além disso,a ampliação e a implementação de um sistema colaborativo de denúncias é essencial para o suporte de assistência e de desenvolvimento pessoal de cada pessoa acometida da situação vigente,assim,psicólogos e terapeutas terão o fito de identificar e tratar cada problema,tanto a parte psíquica quanto as medidas punitivas do agressor,encaminhando-o para a polícia.