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Redação sem título.

Proposta: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 02/10/2018

No estado do Paraná, uma advogada é agredida e jogada, pelo namorado, do quarto andar de seu apartamento. Apesar de parecer distante, relacionamentos abusivos estão presentes em diversos lares fazendo com que o parceiro, em sua maioria mulheres, se submetam a atitudes violentas, sejam verbais ou físicas. Muitas vezes, essas ações são aceitas por medo, dependência financeira ou para a manutenção da família, segundo o telejornal Jornal da Cultura. Inicialmente, em períodos como a Idade Antiga na Grécia e Roma ou Idade Média na Europa, as parceiras eram tratadas apenas como objetos de satisfação sexual masculino e ficavam restritas a tarefas domésticas como cuidar dos filhos e da casa, distantes da vida econômica e política. Assim como afirma Hannah Arendt na Banalidade do Mal, quando uma atitude opressora ocorre frequentemente sem o repúdio da sociedade, ela se torna algo normal para a civilização, o que ocorreu com o abuso de poder do homem sobre a mulher, que não foi negligenciado e tornou-se enraizado na cultura de alguns países, como o Brasil. É notório que fatores como o machismo, presente sobretudo em sociedades orientais, a objetificação do companheiro e o abuso de poder e controle do parceiro sobre a pessoa com quem convive fez com que essas atitudes se normalizassem na contemporaneidade, o que é percebido em jargões populares como “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher” passando a ser algo comum e dificultando as denúncias, o que contribuiu para a perpetuação do ato. Desse modo, muitas crianças cresceram em lares abusivos, e prolongaram essa característica para as futuras gerações. Destarte, cabe ao Governo Federal a criação de um canal de atendimento telefônico e online, de forma anônima, para que as vítimas ou testemunhas denunciem os casos de violência, além da aplicação de penas mais severas aos agressores. Paralelamente, o Ministério da Segurança Pública deve, por meio de campanhas publicitárias divulgadas na televisão e internet, incentivar as pessoas a denunciarem os crimes presenciados, garantindo a segurança dos envolvidos e contribuindo para erradicar uma característica enraizada na civilização.