Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 28/09/2018

Assim como Margaret Keane - artista norte americana - teve suas pinturas vendidas no nome de seu marido, Walter Keane, e Colette - escritora francesa - teve suas obras publicadas também com créditos direcionados ao seu cônjuge, as mulheres no decorrer da história, em sua maior parte, tiveram seus valores inferiorizados em relação aos dos homens. Esse histórico de relacionamento abusivo se entende até os dias atuais, visto que as consequências desses atos, como o feminicídio, se destaca em altos índices dentro da sociedade brasileira. Portanto, para que possa haver uma mudança nesse cenário, é necessário estabelecer que fatores impulsionam esses atos. O patriarcado consiste em um sistema social no qual o homem tem o poder de autoridade moral e privilégio social. As mulheres dentro desse contexto sempre foram subordinadas à supremacia masculina e eram concebidas como objetos de satisfação. Esse sistema foi responsável por moldar a estrutura coletiva que predominou desde as formações ascendentes de grupos sociais na Grécia Antiga até a época atual e, em função disso, - apesar da Revolução Francesa ter inaugurado a liberdade e igualdade entre os gêneros - as raízes do Patriarcalismo ainda estão embutidas no subconsciente social. Por esse motivo, no Brasil, essas raízes de subordinação são refletidas em comportamentos que podem acarretar não só a violência física, como também a violência psicológica. A taxa de feminicídio do país é a quinta maior do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, e grande parte dos casos relatados ocorrem por motivos de separação ou insubordinação da mulher. Além disso, há também uma ausência de notificação da violência psicológica que as mulheres sofrem, também nomeada de “Gaslighting”, o que contribuem para ascensão desses comportamentos autoritários na sociedade brasileira. Em suma, o maior desafio para retificar essa violência excessiva está direcionado na falta de monitoramento do governo. Como solução, o Estado deve garantir que os municípios de todo país atribuem mais especializações da violência contra a mulher nas delegacias, afim de que o combate local seja mais eficiente e colaborativo com a situação da vítima. Além disso, também deve ser revigorada, dentro do sistema carcerário, uma política de conscientização do crime para o agressor, afim de que possa auxiliar na construção de uma cultura de prevenção.