Desde a criação da lei 11.340 em 2006, os índices de violência contra as mulheres estavam sendo controlados. Porém, a partir de 2015, esses índices voltaram a aumentar, mesmo com essa lei em vigor. Tal aumento ocorreu devido ao novo método adotado por possíveis agressores em relação a suas parceiras: o relacionamento abusivo. Fatores como o enfraquecimento da lei Maria da Penha ao decorrer do tempo e o Feminicídio contribuem para a consolidação dessa triste realidade para as mulheres.. Um relacionamento é definido como abusivo quando o parceiro tende a tentar controlar tudo o que sua parceira faz por questões emocionais (ciúmes). A primeira fase desse tipo de união são questionamentos autoritários e proibições, a segunda fase é seguida de discussões com agressões verbais, e por fim, a terceira fase que é definida com discussões que terminam em agressões físicas. Infelizmente existem mulheres que acabam deixando seus relacionamentos chegarem a esse estado mais crítico. Segundo uma pesquisa feita pelo G1, de 2015 para 2018, houve uma queda de 45% na taxa de denúncias por agressão física em mulheres. Há diversas hipóteses que surgiram para explicar essa queda, mas para Amélia Gonzalez, colunista do G1, a hipótese mais aceita é a descrença, por parte dos agressores, na eficiência da lei Maria da Penha, ou seja, eles sabem que as chances de eles saírem impunes será muito grandes. Logo, é indubitável o que o desleixo da lei, por parte do STF, vem causando na vida de diversas mulheres brasileiras. Outrossim, um relacionamento abusivo pode evoluir para um caso mais grave: o Feminicídio. Segundo uma pesquisa feita pelo Datafolha, desde 2017 para 2018, houve um aumento de 28% na taxa geral do Feminicídio no país. Embora existem diversas categorias que definem esse termo, mas a questão de assassinato por motivos passionais é a categoria que predomina nesse crime. Motivos como os vestígios de uma sociedade totalmente machista e ineficiência das leis para esse tipo de caso potencializam a prática desse crime. Destarte, é inquestionável o que um relacionamento abusivo pode se tornar se caso não for tratado da devida forma. Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para combater esse entrave na vida das mulheres do nosso país. O Supremo Tribunal Federal deve revigorar a lei 11.340, tornando-a mais rígida nas características que classifiquem como crime de agressão a mulher e nas suas penas, dessa forma os agressores voltaram a temer essa lei e pensaram duas vezes antes de agredir ou ferir alguma mulher.