A imagem da mulher frágil tem raízes históricas, como por exemplo, o início do Brasil República, onde só homens maiores de 21 anos podiam votar, disseminando a ideia de inferioridade das mulheres; tal ideal teve grande influência em torná-las as maiores vítimas de relacionamentos abusivos. As consequências de uma relação opressiva vão para além das agressões físicas, pois ataques psicológicos também se fazem presente e são tão nocivos quanto uma lesão corporal, o que revela a necessidade de ações que visem proteger a população feminina do país. Nessa perspectiva, podemos considerar que, quando há um sentimento baseado na cultura do sexo frágil, como controle e posse, também há a maior probabilidade de agressões físicas, que podem ser tapas ou até atitudes que provoquem a morte. Em virtude disso, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que, em 2016, houveram 4657 mortes de mulheres, aonde grande parte dos casos houve motivação de gênero, esses conhecidos como feminicídios. Entretanto, não se deve associar relacionamento abusivo apenas á violência física, um vez que que esse também pode ser caracterizado pela agressão psicológica. A saúde mental pode ser afetada de diversas formas, como na ocorrência de ataques verbais, críticas, chantagens ou manipulação, logo, aonde haja essas ações torna-se espaço perfeito para o desenvolvimento de distúrbios mentais, como ansiedade e depressão. Desse modo, é válido considerar que medidas devem ser tomadas a fim de mudar tal cenário, portanto, cabe ao Estado, utilizar as mídias sociais para difundir campanhas de igualdade entre os gêneros e proteção á vida da mulher. Assim, lidaremos com uma sociedade consciente de que o sexo biológico não determina a inferioridade de alguém, logo, não há motivos para um querer controle sob o outro, visto que, independente do tipo de relação, o respeito deve acontecer de forma mútua.