Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 27/09/2018

A existência de relacionamentos abusivos independem do espaço ou da posição social dos indivíduos. Infelizmente, os envolvimentos afetivos baseados em relações de poder entre os parceiros são frequentes na sociedade brasileira, Nesse âmbito, agressões físicas, verbais e psicológicas participam do ciclo da violência presente nas relações abusivas. Tal problemática é impulsionada não só pela conivência social perante a atos violentos, como também pela intensa objetificação das pessoas na contemporaneidade. Primeiramente, a manipulação e o controle da privacidade do companheiro advêm do estabelecimento de uma relação de posse e poder sobre outrem, a qual, geralmente, é aprendida durante o convívio social com diversos exemplos de vínculos abusivos entre parentes ou amigos. Nesse contexto, a reprodução do comportamento social é evidenciada, principalmente, na violência sofrida por mulheres dentro de relações heterossexuais devido a influência da cultura machista no país. Ademais, a conivência familiar perante o abuso corrobora para a gradativa alienação da vítima. Assim, a pessoa agredida torna-se incapaz de reconhecer privações, cobranças, xingamentos e manipulação emocional como partes constituintes de um ato violento contra ela. Por conseguinte, ocorre não só sub-notificação de denúncias, mas também o estabelecimento de uma união tóxica. Outrossim, a objetificação massiva dos indivíduos na sociedade capitalista contribui diretamente para a afirmação do sentimento de posse entre os parceiros. Desse modo, o agressor sente-se no direito de controlar a vida privada do companheiro e, ao ser desrespeitado, geralmente, ameaça ou fere o próximo. Nessa circunstância, a relação adentra o ciclo da violência, no qual a agressão e, consequente, fragilização emocional da vítima são seguidas de desculpas e promessas de não-recorrência dos atos por parte do algoz. Logo, a relação sustenta-se na fragilização gradativa do psicológico do parceiro. É preciso, pois, combater a problemática. A mídia deve promover a propagação de campanhas informativas e a distribuição de infográficos sobre as diversas formas de violência a fim de expor a profundidade e o impacto de comportamentos agressivos vistos como triviais pela sociedade e, consequentemente, conscientizar a vítima sobre a sua situação para que possa procurar ajuda, denunciar o parceiro abusivo e finalizar a relação tóxica. Ademais, o Legislativo deve aplicar efetivamente sanções legais para tais atos violentos, como também deve proteger fisicamente os indivíduos que reportarem ameaças dos seus respectivos parceiros com o fito de evitar sub-notificação, devido ao medo da reação do companheiro, e também a perpetuação da violência.