Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 22/09/2018

A violência contra a mulher ainda é muito presente na sociedade brasileira. Entretanto, essa violência nem sempre é demonstrada fisicamente: ela pode se manifestar silenciosamente por meio de coerção e pressão psicológica. Sendo assim, se já é uma tarefa árdua identificar esse mal silente, dizer o porquê que ele acontece é mais difícil ainda. Sigmund Freud, em “Por que guerra?”, após 1917, tenta descobrir o motivo dos conflitos humanos, logo, chega a conclusão que o homem tem uma inclinação ao litígio. Ratificando essa teoria, as mulheres são as principais prejudicadas por essa agressividade inata do ser, pois ,no contexto histórico-cultural em que se estão inseridas, o homem é que detém o monopólio legítimo na dominação dos laços sociais. Todavia, vem sendo ultimamente diminuída essa lógica de dominação por meio de mecanismos de defesa à mulher, como a lei Maria da Penha e a delegacia da mulher. A indiferença de pessoas diante do relacionamento de mau agouro é um fato que auxilia os abusos nas relações. Em “Eichmann de Jerusalém”, Hannah Arendt introduz a ideia do ser humano apassivado diante do mal iminente, e é exatamente o que acontece na atualidade. Diante de uma pessoa que sofre de seu parceiro constantes xingamentos, cobranças e críticas, há uma passividade coletiva em achar que isso tudo é normal, por mais que essa relação não seja sadia a parte da relação cerceada de sua autonomia. Portanto, com base nos fatos apresentados, é incabível deixar que pessoas, mulheres em sua maioria, sofram com abusos em relacionamentos . De imediato, então, o Estado brasileiro deve, em consonância com o Ministério da Justiça, criar programas de propaganda, na televisão, internet e no rádio, que incentivem as mulheres a denunciarem casos de abusos excessivos em suas relações por meio da denúncia anônima. Somente assim, teremos no futuro um Brasil de pessoas afastada da passividade estudada por Hannah Arendt.