O tema relacionamento abusivo tem ganhado destaque nos meios de comunicação nos últimos anos, principalmente ao noticiar o crescimento dos índices de violência doméstica. Nesse cenário, pouco se sabe que não é necessário haver violência física para que uma relação seja considerada imprópria. Basta que haja abuso psicológico ou uma tentativa de controlar o parceiro ou a parceira. Ademais, a maioria das pessoas que cometem abusos são homens. O assunto já foi enredo de livros como "Garota no Trem", da escritora Paula Hawkins, e de filmes, como "Antes de Dormir" (2014), estrelado por Nicole Kidman. Ambos possuem enredo que mostram mulheres sofrendo abusos psicológicos e físicos de seus maridos. A intenção de utilizar esse assunto como argumento de livros e filmes é orientar a população sobre o que caracteriza uma relação tóxica, de modo a conscientizar quem esteja precisando de ajuda a buscar auxílio profissional adequado. Ante o exposto, um fator impulsionador que instiga o crescimento de relacionamentos abusivos é a cultura do patriarcado. Embora se saiba que os abusadores não necessariamente são os homens, eles ainda são responsáveis pela maioria dos abusos contra a mulher, a qual é geralmente objetificada e tratada como inferior. Logo, as mulheres são as que mais sofrem em uma sociedade que predomina o machismo e o desprezo pelo feminino. Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Assim, o Ministério da Saúde deve incorporar no currículo escolar disciplinas que envolvam a saúde mental, de modo que os estudantes sejam capazes de identificar relacionamentos abusivos e escapar deles, seja se desvencilhando por conta própria, seja por meio de ajuda de algum órgão policial ou judicial. Ademais, as aulas devem mostrar que alguns comportamentos são crimes, a fim de prevenir que potenciais abusadores venham a minar a vida de outra pessoa. Desse modo, as pessoas serão mais conscientes sobre seu papel em uma relação e haverá mais relacionamentos saudáveis.