Aristóteles,filósofo da Grécia Antiga,defendia e propagava a ideia do alcance da felicidade por meio do equilíbrio, no qual o excesso e a escassez não fazem parte desse ideal. Espera-se que todo relacionamento seja equilibrado e benéfico para ambas as partes. Porém, no Brasil, o número de casos registrados de relacionamentos abusivos mostra exatamente o inverso, e infelizmente esse tipo de relação se sucede através de sentimentos de escassez ,a insegurança, falta de liberdade e o desrespeito, que fazem justamente parte do ideal não defendido por Aristóteles, abrem premissas para manifestações de violências verbais, físicas ou morais. Nesse cenário, juntamente com as raízes culturais machistas instaladas no Brasil atual , as mulheres, que ainda são inferiorizadas em relação aos homens, se tornaram infelizmente as vítimas primárias em casos de agressões em relacionamentos abusivos ,já que no ano passado, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou 533 casos de feminicídios . Contudo, as consequências dessas relações extremamente invasivas são comumente vistas nas mídias em manchetes sobre crimes de feminicídio, que movimentam as redes sociais por uns dias mas são logo esquecidas e se tornam apenas outros casos absurdos de crimes contra as mulheres. Um dos principais fatores que contribuem pra a perpetuação desses casos de violência é o medo sentido pelas vítimas ao delatar os parceiros as autoridades, elas escondem as agressões e passam a aceitá-las como algo natural , já que a segurança voltada as mulheres é falha e não alcança todas as classes sociais. Entende-se, portanto, que relacionamentos invasivos podem acarretar consequências irreparáveis sendo,então, necessárias medidas para a resolução do impasse. As mídias sociais como meio de divulgação devem em parceria com as autoridades governamentais, incentivar e criar propagandas nas plataformas digitais , TV, nos rádios e até mesmo através de cartazes que mostrem as vítimas como se dá e como se deve prevenir o relacionamento abusivo. Outra alternativa seria a disposição,pública e de fácil acesso a todas as classes sociais, de psicólogos e funcionários capacitados, que auxiliem as vítimas e as ajudem na recuperação pós traumática de uma agressão física ou emocional. Assim, o Brasil se tornaria um país menos violento onde a violência,principalmente contra as mulheres, não seria vista com tamanha naturalidade.