Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas, é característica da “modernidade liquida” vivida no século XX. Partindo dessa verdade, a migração dos venezuelanos para o Brasil, deixa explicito o quão prejudicial uma má política governamental pode ser para o país. O Brasil é um país de muitas cores, raças e crenças. A desigualdade social vivida no país atinge os imigrantes venezuelanos de forma direta, deixando-os sem amparo social e certo descaso por parte da sociedade. A xenofobia praticada pela maioria dos brasileiros contra esse povo, deixa de forma nítida o que Bauman dizia a respeito do comportamento social. Além da xenofobia, outro grande problema enfrentado por esse povo, é a escassez de recursos que as cidades fronteiriças em que a maioria acabam alojando-se, podem oferecer para a quantidade massiva de imigrantes que as mesmas recebem. Estima-se que mais de 50 mil refugiados já estão no país em busca de abrigo, o que mostra o quão preocupante é a situação política e econômica na Venezuela. Acerca do que foi dito, os problemas políticos e econômicos enfrentados pela Venezuela não podem ser sanados com a ajuda do Brasil. Porém, o Brasil precisa oferecer o máximo de recursos para os refugiados que chegam ao país. Seguindo esse raciocínio, é obrigação do Governo do Estado, fornecer informações a respeito do problema que os imigrantes enfrentam, por meio de palestras, eventos sociais e culturais, que mostrem o quão rica é a cultura venezuelana e assim aproximando as duas culturas. E por consequência, diminuindo a exclusão social desse povo e a xenofobia enfrentada pelo mesmo.