No ano de 1973, uma guerra entre Israel e Palestina tomou rumos impensáveis e influenciou toda a geopolítica mundial. Após essa guerra, vencida por Israel, os árabes palestinos cortaram o fornecimento de petróleo para o mundo todo, como consequência, o preço do barril da commoditie aumentou muito. A partir de então, o estado começou a ter intervenção mínima e dessa forma, surgiram os governos de oposição, como o de Hugo Chávez e Nicolás Maduro na Venezuela, que intensificaram ainda mais a crise no país, marcada pela inflação, desemprego e censura, obrigando sua população a buscar refúgio em outros países, dentre eles, o Brasil. De acordo com o artigo 1º do ACNUR é considerado refugiado toda e qualquer pessoa que fuja de seu país de origem por questões de conflitos, guerras, problemas ambientais, miséria e por perseguição política. Os venezuelanos fogem de seu país por esses dois últimos motivos, haja vista que, mais de 70% dos moradores estão abaixo da linha de pobreza e sofrem repressão por serem contra o bolivarianismo e o chavismo, duas vertentes políticas venezuelanas. O Brasil, de acordo com a ONU, tem a obrigação de receber tais refugiados, porém, a situação que os venezuelanos encontram no país de inserção não é das melhores, haja vista que eles enfrentam outra crise política e econômica, sofrem com xenofobia e problemas em relação ao desemprego. Desde o ano de 2011, o Brasil enfrenta uma grave crise econômica marcada pela inflação e pela saturação do mercado de trabalho. A chegada dos refugiados no país faz com que cresça um sentimento de nacionalismo, haja vista que os brasileiros sentem-se ameaçados com uma possível concorrência no âmbito trabalhista. Juntamente com esse sentimento, outro é aflorado, o de xenofobia, que é a aversão a toda e qualquer cultura que vêm de fora do país. Essa xenofobia pode ser vista através de atos violentos, como, o ferimento de uma criança venezuelana em Roraima ao ter seu abrigo atacado por uma bomba caseira. Diante desse fato, o presidente Temer declarou que há uma preocupação permanente com os refugiados venezuelanos, porém, não citou ações que o governo desenvolverá para resolver tal situação. Logo, diante dos excertos acima, é perceptível que o Brasil deve continuar recebendo refugiados para cumprir sua ação humanitária, porém, as fronteiras devem ser controladas para que não haja a supersaturação de pessoas, acarretando dessa forma, um alto gasto com políticas públicas incapazes de serem financiadas pelo Estado. Portanto, é papel do Ministério da Fazenda averiguar o contingente populacional de refugiados que o Brasil é capaz de abrigar. Além disso, deve ser proporcionada uma ocupação trabalhista para os mesmos, porém, ela deve ser direcionada, logo, devem ser feitas palestras sobre interculturalidade e procedimentos trabalhistas na realidade brasileira. Por último, deve haver o controle e a aplicação de multas e penas pelo Ministério da justiça a todos os xenófobos e infratores dos direitos humanos.