Durante a Primeira Guerra Mundial, armênios foram perseguidos e mortos pelo governo turco em um acontecimento que ficou conhecido como “Genocídio Armênio”. Por conta disso, milhares desses fugiram e se refugiaram em países como os Estados Unidos. De mesmo modo, um século depois, venezuelanos atravessam a fronteira brasileira por motivos parecidos e fugindo de cenários tão perturbadores como os de uma guerra, dentre eles, a perseguição política e a fome. Como primeira constatação, observa-se que o panorama atual brasileiro não é receptivo a imigrantes, visto que o país enfrenta uma crise política, educacional e econômica. Além disso, um outro problema é o aumento da população, que interfere diretamente no funcionamento das instituições públicas, que já sucateadas, enfrentam sobrecarga. Entretanto, a grave situação de miséria somada às constantes perseguições políticas, faz com que a Venezuela torne-se um verdadeiro “campo de guerra”. Dessa forma, restam poucas alternativas além de deixar o país, mesmo que para isso, os venezuelanos enfrentem outros tipos de “crise”. Sob outro ângulo, há uma enorme dificuldade de integração dessas pessoas na sociedade, já que o etnocentrismo – a ideia errônea de que uma cultura é melhor que a outra – permanece na hodiernidade. Outrossim, a crença da população de que, em parte, os refugiados são culpados pelos problemas sociais vigentes também agrava o impasse e torna a situação dessas pessoas ainda mais complicadas. Portanto, essa problemática conjuntura discriminatória lesa os venezuelanos e acaba por dificultar sua permanência no país, e, indiretamente, causar suas mortes. Por isso, é necessário que o Governo invista em acordos com outras nações, por intermédio diplomático, a fim de melhorar a situação venezuelana e impedir que tantas pessoas tenham que atravessar a fronteira, fazendo com que as instituições brasileiras, assim, não acabem sobrecarregadas. Ademais, aplicar o ideário kantiano de que “o ser humano é produto da educação” é imperativo para colocar em repouso os pensamentos preconceituosos da sociedade. Para tal, é imperioso que a escola, por meio de campanhas culturalistas, instrua seus alunos a não propagarem opiniões xenófobas a fim de diminuir a opressão social dos refugiados.