A Venezuela sofre uma crise política e econômica que se debruça sobre a população. Assim como Fabiano na obra "vidas Secas" de Graciliano Ramos, os retirantes saem de sua terra em busca de melhores condições de trabalho e saúde para recomeçarem suas vidas. A grave crise que assola o vizinho brasileiro tem deixado todos os cidadãos sem trabalho, alimentos e condições básicas de saúde. Isso acarreta que, as pessoas cruzem a fronteira de Roraima para adquirir condições mais humanas de vivência, e que muitas vezes "abandonem" familiares e amigos para obter essa conquista, o que já trouxe para o Brasil um público de 52 mil refugiados no ano de 2017, segundo dados da Universidade de São Paulo. Assim como afirma o escritor Mia Couto ao dizer que "o mau de um pais pobre é que, ao invés de produzir riquezas, produz ricos", o descaso do governo com a civilização mais pobre e o favorecimento das elites locais eleva o índice de desigualdade na Venezuela sendo um fator que motiva o refúgio da nação. Assim, apesar do Brasil fornecer abrigo, isso tem gerado uma sobrecarga em escolas e unidades de emergência, duplicando o número de matriculas e aumentando de 776 para 18885 os casos de entradas em emergência em um curto período de 3 anos. Diante dos argumentos evidenciados acima, providências devem ser tomadas para resolver o impasse. Necessita, por meios de medidas publicas tomadas pelo Ministério do Trabalho, uma destinação mínima de trabalhos para refugiados a fim de oferecer subsídios para se manterem no pais, oferecendo até a estabilização; moradia, alimentação e serviços de saúde com o intuito de auxilia-los. Posteriormente trazer melhorarias e ampliação das unidades de atendimento e das escolas para aumentar o número de vagas e assim oferecer aos venezuelanos uma educação e saúde de qualidade para que eles não tenham o mesmo fim que levou a família de retirantes de Fabiano e tenham que se mudar novamente para conseguir direitos básicos e universais.