Título da redação:

Pontes no Lugar de Muros

Proposta: Os refugiados da Venezuela em território brasileiro

Redação enviada em 20/09/2018

O ser humano é social: necessita viver em comunidade e estabelecer relações interpessoais. Entretanto, conforme intitulado, sob a perspectiva aristotélica, práticas cotidianas mostram o contrário. No que se refere a refugiados na atualidade, em contraposição a Constituição que prega igualdade, vigora a intolerância e a xenofobia no Brasil, o qual é resultado da combinação de um Estado inoperante e uma nação que desumaniza os recém-chegados. Em primeiro plano, além de uma crise migratória o mundo vive principalmente uma crise humanitária. Diante disso, o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, em seu livro ‘’Estranhos em Nossa Porta’’ demonstra a instalação de um nacionalismo ilusório em nações que preferem tratar os imigrantes como como bandidos do que refugiados de um local onde a busca da felicidade foi extinta. Dessa forma, refugiados venezuelanos buscam apenas sair de um país em crise para um lugar onde possam continuar sua vida sem conflitos políticos. Outrossim, a falta de auxílio do Governo em estados próximos a Venezuela aumenta a chance da xenofobia ser implementada na população. Um exemplo disso é superlotação de refugiados em Roraima provocando tensões em fronteiras e também do fortalecimento eleitoral de políticos que estimulam o fechamento das fronteiras. Dessa maneira, o Estado deve intervir para garantir a execução do direito à vida e igualdade proposta na Constituição Federal. Infere-se, portanto, que a xenofobia é um mal para sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo Federal elaborar auxílio a locomoção desses refugiados a outras partes do Brasil, uma vez que assim não haverá saturação de pessoas e mão de obra em estados próximos à Venezuela promovendo a diminuição do extremismo local. Ainda cabe a mídia por meio de sua influência moralizadora informar e debater a crise migratória, com intuito de conscientizar a população da fuga de refugiados da condição desumana criada pelo conflito social e político venezuelano. Assim, o Brasil pode divergir do pensamento extremista de governantes de ‘’Primeiro Mundo’’ e construir em nossas fronteiras pontes no lugar de muros.