Segundo Isaac Newton, a tendência dos corpos, quando nenhuma força é exercida sobre eles, é permanecer em seu estado natural. Nesse contexto, vê-se que a Venezuela tende a estacionar em meio ao colapso econômico em que se encontra. Após decair no patamar de um dos países mais ricos da América do Sul a um país em crise, a nação venezuelana vê centenas de seus patriotas deixar suas casas. Muitos dos que cruzam a fronteira para chegar ao Brasil dizem que a situação é alarmante e que em alguns casos eles apenas fogem da fome. De acordo com a Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, entre 2014 e 2017, foram um milhão de venezuelanos que deixaram seu país. Assim sendo, o governo brasileiro, por meio de programas de políticas públicas, já conta com três estados que aceitaram receber uma parte dos refugiados, são estes Amazonas, São Paulo e Mato Grosso. Todavia, a maioria prefere permanecer no estado de Roraima pela proximidade com o país de origem, fato este que gera conflitos com os moradores do estado devido ao uso do sistema público de saúde a educação e a ocupação de vagas de trabalho. Ademais, essa superpopulação gera uma sobrecarga nos serviços de atendimento nessas áreas que se tornam mais demorados e prejudicam assim todos os moradores do estado. Outrossim, posto que o Brasil não é capaz de suprir todas ás necessidades de quem vem para o país, há quem diga que viver nas ruas após a imigração é melhor que retornar à Venezuela. Torna-se visível, portanto, conforme supracitado, que o apoio aos refugiados é de extrema importância, porém o Brasil precisa estar melhor preparado para esta causa. Uma das formas é o Governo Federal investir na ampliação de estruturas nas áreas de educação e saúde, para que todos sejam atendidos com dignidade. Ainda, deve-se avaliar as possibilidades de contratação de profissionais da saúde, pelo programa Mais Médicos, a fim de otimizar o atendimento médico nos estados receptores dos imigrantes.