É possível afirmar que a migração condicionada é um antigo modo de fugir da repressão social. Isso evidencia-se já na Grécia antiga do século V a.C, com a invasão dos Dórios ao berço da civilização, culminando na dispersão de parte dessa população para a Ásia menor – atual Turquia. Logo, podemos perceber, na vinda dos vigentes refugiados da Venezuela a território brasileiro, algumas questões a serem salientadas: a naturalização e socialização desses deslocados. Segundo pesquisas realizadas pelo CONARE (Comitê Internacional para Refugiados), o Brasil vem sendo muito requisitado pelos agregados que fogem da miséria venezuelana, à qual soma-se a ditadura. Porém, essas mesmas pesquisas mostram o Estado brasileiro sendo possuidor de deficiências na homologação dos estrangeiros como novos civis. Dificultando a mobilidade social e caracterizando-os, muitas vezes, na ilegalidade – ferindo a proposta primeira do acordo no qual nós mantemos com a ONU e em nossa própria legislação. Além disso, a socialização não é trabalhada de maneira assertiva, permitindo um isolamento desnecessário das famílias estrangeiras. Esses problemas iniciam-se já no primeiro contato, tendo em vista o fato dos apátridas falarem, naturalmente, um outro dialeto. Deixando, então, não só uma lacuna comunicacional, mas afastando-os de nossa realidade, além do avanço social - ao qual poderiam se agarrar. Em suma, entende-se que há um vão a respeito de uma efetiva naturalização social de Venezuelanos no Brasil. Diante disso, medidas devem ser tomadas para sanar dada questão. Como primeira, é preciso que o Ministério de Relações Exteriores priorize o acolhimento de dados refugiados, organizando uma recepção comunicativa e acolhedora. Além disso, o Ministério da educação pode intervir com ações educativas, com intuito de fomentar uma familiaridade linguística e cultural.