De acordo com a teoria da seleção natural postulada por Darwin, o meio cria necessidades que induzem a mudança de hábitos dos indivíduos. Nesse sentido, devido ao colapso do Estado venezuelano cerca de um milhão de nativos viram-se obrigados a migrar para países vizinhos, e o Brasil é o segundo mais procurado entre os destinos. Desse modo, a gestão do fluxo de estrangeiros que buscam por refúgio em terras brasileiras preocupa a população e desafia o Estado, também em crise. A falência econômica da Venezuela é contraditora a sua riqueza - o país detém uma das maiores reservas de petróleo e, em 1998, foi considerado o segundo maior PIB da América Latina, pelo FMI (Fundo Monetário Internacional)- no entanto, desde 2013, a inflação exacerbada torna alimentos/ medicamentos inacessíveis, ocasionando a fuga da miséria por boa parte da população. Contudo, o Brasil não proporciona uma qualidade de vida justa aos imigrantes: o acréscimo das taxas de desemprego, aumento da competitividade por mercado de trabalho e a falta de especialização da mão de obra, são alguns dos empecilhos que dificultam a obtenção de uma fonte de renda sólida por eles. Ademais, prover assistência pública, como a de saúde, aos venezuelanos- que devido à falta de tratamento adequado em seu país chegam aos hospitais em condições mais graves que os brasileiros- configura um dos desafios para o Estado que, em crise, carece por recursos e mal atende a população originária. Outrossim, segundo a agência da ONU para refugiados, a falta de documentação regulamentada, violência sexual e de gênero e a xenofobia são os principais obstáculos enfrentados pelos retirantes. A alta incidência de desemprego, assistência pública falha, ideais preconceituosos são, portanto, as principais causas do Brasil não conseguir fazer jus ao título de país hospitaleiro. Desse modo, buscando a manutenção dessa condição e o combate à xenofobia é dever do Ministério da Educação aplicar como componente curricular obrigatório a matéria de sociologia para alunos do ensino fundamental, e à família convém promover o interesse pelos estudos. Sendo assim, a lei de Darwin, que incita a habituação ao meio, poderá ser aplicada satisfatoriamente por meio da igualdade entre povos de diferentes culturas.