A crise de refugiados provenientes da Venezuela tem agravado a situação do Brasil. Em primeiro plano, o país não tem estrutura para receber essa demanda crescente de pessoas. Ao mesmo tempo, a responsabilidade de oferecer abrigo aos venezuelanos deve ser dividida com outros países da América do Sul. Segundo dados do Estado de Roraima, cerca de 40.000 venezuelanos já buscaram refúgio no Estado, sendo que, diariamente, são 800 venezuelanos. Com esses dados, gera-se uma crise nos sistemas do Brasil, ao passo que os hospitais e escolas não possuem estruturas para atender, simultaneamente, brasileiros e venezuelanos e, ao mesmo tempo, há o aumento da criminalidade, à medida que facções criminosas estão recrutando venezuelanos a fim de facilitar o fluxo de drogas e armas na fronteira. Em contrapartida, a responsabilidade de acolher os venezuelanos está recaindo somente ao Brasil, sobrecarregando os seus serviços básicos oferecidos à população. Como consequência, ocorre a falta de assistência para muitas pessoas ocasionada pelo aumento da demanda, sendo assim, haveria um maior aproveitamento de recursos se os venezuelanos fossem realocados para outros países de forma organizada. Acolher refugiados é ato civilizatório essencial para uma nação democrática, porém precisa ser feito de forma organizada. A partir disso, a União deve retirar os venezuelanos do Estado de Roraima e redistribuí-los no país, para diminuir a sobrecarga no Estado e, ao mesmo tempo, convocar uma reunião com os países do Mercosul para que todos acolham os venezuelanos de forma colaborativa, afinal, todos são Estados democráticos.