O humor serve para motivar, relaxar e alegrar o ser humano das tribulações vividas diariamente. Contudo, existem maneiras utilizadas que buscam denegrir alguns grupos minorizados ou mostrar falhas nas pessoas para com isso entreter sua plateia. E dessa forma estimula o preconceito, o bullying e outros comportamentos que desvalorizam suas vítimas. Através das diversas formas de se expor situações cômicas, tais como desenhos, filmes, programas televisivos, shows de grupos ou stand-up, o humorista tem a oportunidade de, com de seu olhar crítico, reconstruir a realidade de maneira a aliviá-la ou mesmo, simplesmente, expô-la para que todos possam refletir a respeito dela. Quando o artista, para fazer rir, se faz utilizar de subterfúgios que, inicialmente, agradam um determinado público, mas vão de encontro ao politicamente correto, por agredir a uma casta da sociedade que ainda não tem seu reconhecimento e respeito completo, anula ou reduz a luta dessas pessoas marginalizadas. Quando o próprio comediante não consegue perceber o limite entre o humor e a ofensa, há a necessidade de que a sociedade crie ferramentas para coibir esta falha comportamental. Tendo como alicerce a proteção de alguns temas elegidos pelos diversos expectadores, de forma a contribuir positivamente para o respeito a todos e estimular a criação de piadas melhores.