Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os limites entre humor e ofensa

Redação enviada em 23/09/2018

Durante a Ditadura Militar no Brasil qualquer tipo de manifestação artística poderia ser censurada pelo Governo. Entretanto, com a queda desse regime foi instituído em lei a liberdade de expressão. Nesse sentido, hodiernamente, essa liberdade juntamente com o humor resultou em diversas piadas ofensivas, que reforça estereótipos de minorias sociais e consequentemente ridiculariza, fere e transforma preconceito em humor. A anedota muitas vezes é uma forma de fuga da realidade, da diversão e do lazer. Dessa forma, o artista precisa ser criativo para atrair o público. Conquanto, no Brasil há diversos profissionais na área que apelam para um humor ácido e constrangedor na qual faz piadas machistas, homofóbicas e gordofóbicas, por exemplo. No entanto, a partir do momento em que esse humor ultrapassa barreiras morais e passa a desrespeitar o outro, o limite no humor é alcançado, como aconteceu com o humorista Rafinha Bastos ao dizer em público que comeria Wanessa Camargo grávida e sua filha e também o que ocorreu com o jornal francês Charlie Hebdo, que publicava críticas a religião de Maomé e como resultado sofreu um atentado pelos religiosos que se ofenderam. Outrossim, o reforço de preconceito no humor acontece com frequência, entre eles o racismo, que está explícito, por exemplo, no programa "Trapalhões" de Didi, em que há insultos a Mussun, que é negro. Além disso, tal reprodução contribui para disseminar as piadas e contribui para tornar normal essas ofensas e assim até incentivar a prática de bullying nas escolas e em outros ambientes sociais. Infere-se, portanto, que é necessário sanar as ofensas intrínsecas no humor. Destarte, o Ministério da Cultura deve criticar piadas que reforçam preconceitos por meio de publicações nas redes sociais e incentivar o público que assistir esse tipo de humor a chamar atenção do humorista, seja por rede sociais, seja por conversa após o show para, assim, diminuir tal situação vigente. Ademais, o Ministério da Educação deve promover palestras nas escolas com os alunos, juntamente com os pais, que mostre o respeito ao outro, independente do fenótipo, do gênero e da crença, por meio de professores e também profissionais como psicólogos, a fim de ajudar a essas pessoas a ter empatia e no futuro não rir e não fazer essas brincadeiras ofensivas e, desse modo amenizar a problemática discutida.