Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os limites entre humor e ofensa

Redação enviada em 17/08/2018

Segundo a Constituição brasileira outorgada em 1988, é inerente ao cidadão o direito à liberdade de expressão, caracterizando a democracia proposta e o direito a se expressar. Porém, nos dias atuais, muito se debate em relação aos limites do humor, buscando estabelecer os limites éticos de forma concreta e erradicar com discursos de ódio entre os humoristas. Nesse sentido, é preciso relacionar os canalizadores desse embate, aliás, a fronteira entre humor e preconceito e a forma abordada pelo receptor surgem, indubitavelmente, como canalizadores desse panorama. Em primeiro plano, é importante ressaltar a existência de discursos de ódio no meio humorista. Presente desde o período colonial, o preconceito pode existir de forma disfarçada em diversos âmbitos sociais, como em piadas, tornando-se imprescindível o combate pela sociedade e pelo Estado. Por outro lado, estabelecer diferenças entre preconceito e piada também é de fundamental importância, buscando diminuir possíveis conflitos sociais. Além disso, é preciso relacionar o papel do receptor e a causa do problema. Presente desde os primórdios da civilização, o humor tem a capacidade de realizar críticas sociais de forma atraente e construtiva, contribuindo para o conhecimento e para o desenvolvimento de senso crítico na população. Dessa maneira, impor limites aos humoristas seria prejudicial para a sociedade, cabendo ao ouvinte julgar o conteúdo que consome. Nessa perspectiva, convém observar que, segundo o pesquisador Daniel Nascimento, é papel do público avaliar uma piada, “se a piada não for boa, as pessoas não vão rir”, evidenciando a não necessidade de normas rígidas. Infere-se, portanto, que o Governo e as mídias cooperem buscando resolver os embates em relação aos limites do humor. Cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, realizar campanhas informativas para a população, revelando o importante papel dos comediantes na sociedade, salientando o papel de cada um na interpretação de piadas e a escolha do conteúdo que irá consumir, buscando garantir a liberdade de expressão de todos, visando um país com menos conflitos e mais igualdade. Além disso, ações em mídias como rádio e televisão devem, em paralelo, salientar a importância de denunciar discursos de ódio, com o intuito de diminuir o preconceito no país. Assim, o alcance e a eficiência dessas ações serão relevantes conquistas, de modo que exista uma transformação viva, ética e efetiva.