Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os limites entre humor e ofensa

Redação enviada em 31/05/2018

Muito tem se discutido acerca dos limites entre humor e ofensa pois o Brasil é um país que apresenta em sua Constituição a liberdade de expressão. Porém, sob o véu dessa liberdade, discursos de ódio e violência são propagados e, muitas vezes, em forma de humor. Assim, medidas devem ser tomadas para explicitar que injúria, calúnia, entre outros, não são permitidos perante o direito de se expressar. A relação entre a mídia e a liberdade de expressão é fundamental pois a partir delas o povo pode se manifestar livremente – apontando críticas construtivas, opiniões, propostas, entre outros. Porém é essencial a manutenção, visto que, não se pode violar a intimidade, privacidade, honra e a imagem de outras pessoas perante a sociedade, segundo o artigo 5° da Constituição Brasileira. Ainda assim, através das redes sociais e outros artifícios da internet, a possibilidade de fazer piadas ofensivas tornou-se mais viável e, por consequência, o preconceito – principalmente com negros e mulheres – intensificou-se de forma satirizada e com alcance global. A exemplo disso, o humorista “Rafinha” que após responder por muitos processos judiciais, ainda circula suas piadas pela internet. Esse cenário é, de fato, contraditório, visto que muitos movimentos organizados para defender direitos dos cidadãos são constantemente reprimidos – como a movimento dos trabalhadores sem teto em 2015 ou as manifestações indígenas ocorridas em Brasília no ano de 2017 – e a satirizarão ofensiva de grupos com diferentes culturas, religiões e raça são ((espalhadas)) diariamente pela internet em escala global. Assim, esse quadro pode ser interpretado como consequências da falta de ética ou da ausência de mecanismos facilitadores de fiscalização que sejam capazes de reprimir conteúdos que, mesmo com senso humorístico, são ofensivos. Para que haja um limite entre humor e ofensa, a Justiça Brasileira deve punir humoristas que propagam discursos de ódio e preconceito e, fiscalizar eventualmente páginas e websites de humor. Paralelamente, o veículo midiático deve apresentar eventuais propagandas que diferenciem o discurso de ódio – humor negro – de piadas. Dessa forma, o humor ofensivo minimizará perante a população.