Gregório de Matos, poeta Barroco, em suas obras satíricas apresentava críticas que chegavam a ser cômicas. Atualmente, fato similar continua ocorrendo, no entanto, o humor, muitas vezes, detém um posicionamento depreciativo sem fundamento e acaba por agredir e acarretar diversas consequências em uma minoria, sendo, portanto, imoral. Em primeiro lugar, é possível observar esse tipo de humor nas piadas e estereótipos construídos socialmente, por exemplo, a ideia, sem explicação lógica, de que todo baiano é preguiçoso. Por consequência, o número de casos de Bullying e de discursos de ódio aumenta devido a essas concepções pejorativas. Não obstante, elas representam uma violação a Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma vez que o respeito a etnia e a liberdade de escolha são conceitos primordiais para viver em sociedade. Como se não bastasse, esses modelos idealizados através de piadas passam a exercer pressão sobre os indivíduos, já que para ser aceito socialmente é necessário obter certas características. Segundo Durkheim, sociólogo francês, tal aspecto é denominado fato social e uma de suas possíveis consequências é o suicídio, porque o indivíduo não se sente inserido na comunidade. Sendo assim, esse humor, mesmo que tenha se tornado comum e inconsciente na sociedade, pode trazer malefícios para vítima. Fica evidente, portanto, que uma piada pode violar os Direitos Humanos e até impulsionar suicídio. Para solucionar tal impasse, é necessário que o Ministério da Educação juntamente com Ministério da Saúde promova campanhas nacionais com o intuito de conscientizar a população de que uma piada pode representar uma agressão. Para isso, é necessário que cartazes sejam colocados em escolas e lugares públicos, além de realizar palestras nesses mesmos locais.