É possível afirmar que a liberdade de expressão é contemplada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, o qual é considerada peça fundamental para a formação de um estado democrático. Nesse sentido, convém analisar quais são os limites do humor. Quando esses deixam de ser engraçados e passam a ser ofensivos, infringindo os direitos dos "alvos das piadas". O filósofo defensor do liberalismo Jhon Locke declara que a liberdade é um direito inalienável do homem, porém o exercício dela é relativo, pois a mesma termina quando começa a dos outros. Nesse contexto, o limite do humor é um problema fortemente ligado a barreira da liberdade de expressão. Essa correlação encontra fundamento no caso em que o humorista Rafinha Bastos ofendeu a cantora Wanessa Camargo ao fazer declarações ofensivas sobre a mesma. É verídico que atrás de toda piada existe uma ideologia, pois através dela expressasse valores e posicionamento do emissor. Em entrevista a um canal do YouTube o apresentador Danilo Gentili declara que humor é anarquista e que não tem barreiras, porém o que muito se ver são humoristas fazendo apologia à discriminação étnica, homofobia, preconceitos e intolerâncias no geral. É inaceitável deixar que o ódio venha disfarçado de "piadas". Portanto, assegurar a liberdade de expressão e evitar o discurso de ódio através de "gracinhas", são importantes vetores da problemática. A fim de que haja a imprescindível superação desse panorama, faz - se necessário que o Governo, por meio do Ministério dos Direitos Humanos implemente núcleos de debates e divulgações a respeito do limite do humor e a ofensa. Desse modo, deve-se criar um site na internet para facilitar as denúncias, permitindo assim, uma ação eficaz no tratamento da problemática,agindo dessa forma, a construção de uma sociedade em que a paz seja um valor substancial será uma realidade empírica, não um ideal ou uma utopia.