O humor é indispensável para o convívio em sociedade, desde que não ofenda. Esse modo de olhar a realidade de forma engraçada e crítica tem limite, o qual precisa ser respeitado para que não se torne ofensa. Desse modo é necessário compreender os limites do humor para que não haja constrangimento. A Constituição Federal garante a todos a liberdade de expressão, porém nenhum direito é absoluto. Os humoristas apropriam desse direito sem qualquer restrição, para expor de forma cômica sua maneira de ver o mundo, ou uma situação constrangedora, ou até mesmo algo sério como alguma tragédia, já que é humor tudo vale. No entanto, estes que são alvo dos risos dos outros nem sempre acham engraçado, como por exemplo, piadas com negros associando eles a imagem de um macaco, escravo, ladrão. Será que isso é humor? Não, isso é ofensa, preconceito disfarçado de piada. Sabe-se que a intenção do humor é o riso, mas rir da desgraça alheia não é comédia é desrespeito, provocar a gargalhada dos outros através de exposição constrangedora e humilhante não é engraçado. Nota-se isso em alguns canais de humor, que em vez de promover a descontração acabam ofendendo, como por exemplo, sátira a religião ironizando a forma de culto e debochando da fé dos fiéis. A ofensa surge a partir desse momento em que o respeito desaparece e o riso a qualquer custo é o que vale, não importa o alvo. Diante disso, conclui-se que o respeito é o limite entre o humor e a ofensa. Assim como a liberdade de expressão não é absoluta, o humor tem que ter limite para que não se transforme em ofensa. Os comediantes devem respeitar os telespectadores através de um humor inteligente e responsável, assim como eram Os Trapalhões. Os publicitários criarem propagandas que estimulem o humor inocente, que possam contemplar toda sociedade, de modo a trazer alegria e não ofensa a determinados grupos. Logo, os risos dos outros não será um incomodo.