Segundo o artigo V da Constituição Federal do Brasil de 1988, é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente da censura ou licença. No entanto, no humor, muitas vezes, essa liberdade é transformada em ofensa, atingindo, principalmente, as minorias, em detrimento do intuito dos humoristas de tornar-se engraçado o indiferente. Desse modo, percebe-se que medidas são necessárias para limitar a liberdade no humor. Afinal, o direito de se expressar livremente não inclui a possibilidade de ofender. Em primeiro viés, é notório dizer que o humor é uma arte de fazer piadas, na qual discuti e ao mesmo tempo ridiculariza assuntos, como política, etnia, religião e cultura. Isto é, uma manifestação de crítica das estruturas e grupos sociais que tem como princípio levar o riso ao público. Diante disso, como a sociedade é formada por estereótipos, o humor acha mais fácil “atacar” as pessoas que não os seguem, visto que a sociedade está acostumada a julgar e rir do diferente. Assim, os grupos atingidos são aqueles marginalizados pela história, luta ou direitos, ainda, não alcançados, como as mulheres, negros, deficientes e heterosexuais. Mas, convém ressaltar que durante a história brasileira, muitos autores e escritores utilizaram do humor como fonte de escape da realidade vivenciada, o que também se utiliza hoje. Um dos exemplos foi o dramaturgo Gil Vicente, no período denominado Humanismo, que possuía um teor satírico, na qual dizia: “Rindo se castigam os costumes”. Dessa maneira, os humoristas não têm limite na expressão, ofendendo pessoas e persistindo na prática do preconceito. Além disso, com o grande avanço da internet facilitou a circulação e criação do humor, formando um discurso de ódio nas redes sociais, no qual as pessoas agem sem respeito e tolerância. Vale salientar que ele foi chamado de politicamente incorreto pelas ofensas que carrega. Todavia, o documentário “o riso dos outros” de Pedro Arantes, disponibilizado no YouTube, discuti que o humor não deve ter limites, dado que o que torna engraçado são as críticas. Porém, a partir do momento que envolve o ser humano contrai outro artigo da Constituição, no qual diz que todos nascem livres e iguais em dignidade e direito, afirmando que essas críticas desrespeitam a liberdade de escolha de cada indivíduo. Torna-se evidente, portanto, que o humor deve ter limite para não ser transformado em ofensas. Assim, o poder Legislativo deve criar uma lei que proibi os humoristas de ofender e criticar outras pessoas, especialmente, as minorias, com pagamento de multa e para quem o persiste, a prisão. Ainda, o Governo Federal deve criar um órgão que atenda as pessoas alvo dessas ofensas, escutando-as e ajudando na prática da lei, a fim de colocar um limite para essa liberdade de expressão que em excesso gera discriminação.