Na contemporaneidade, as tecnologias digitais representam o acesso à informação e a muitos serviços indispensáveis para a vida do indivíduo. No entanto, atualmente um terço da população brasileira não tem acesso à internet, totalizando cerca de 2400 cidades. Esse é um panorama não só de exclusão digital, mas também social, uma vez que não permite a democratização de serviços e de informação. No Brasil, há programas governamentais e privados responsáveis pela mudança nesse cenário, como o Programa Nacional de Tecnologia Educacional, que promove o acesso à informática nas escolas públicas. Entretanto obstáculos impedem a inclusão digital de forma efetiva, como a falta de manutenção, o não acesso à internet e a ausência de profissionais capacitados para o ensino de informática. Da mesma forma, a ausência do serviço de internet em muitas localidades agrava a exclusão e ocorre em territórios não atrativos para as empresas de telecomunicação. Nesses locais, a melhoria da qualidade de vida promovida pelo desenvolvimento tecnológico não ocorreu, aumentando a desigualdade na sociedade brasileira. De acordo com Rodrigo Baggio, a tecnologia usada como ferramenta cidadã é capaz de tornar a sociedade mais igualitária e livre. Por exemplo, há índios que utilizam o email para informar o governo sobre suas necessidades e sobre o território. Nesse sentido, é imprescindível que o acesso à tecnologia se expanda até alcançar a todos. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve criar programas para tornar o acesso efetivo nas escolas, através de investimento na contratação de internet e capacitação de professores por meio de cursos. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC) deve, em parceria com uma empresa privada, investir na expansão de redes de internet no interior do país, atendendo áreas pobres e escolas, juntamente com o MEC. Ademais, deve-se disponibilizar computadores em lan houses públicas e bibliotecas.