Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014, revela que cerca de 95 milhões de brasileiros, a partir dos 10 anos de idade ,acessaram a internet por meio de computadores. Contudo, ainda que a proporção de internautas tenha, pela primeira vez, passado da metade da população, o maior desafio do Brasil é minimizar as desigualdades regionais e atingir uma inclusão digital efetiva. A priori, é válido ressaltar que o Brasil está na 72º colocação em um ranking que avalia a inclusão digital em 150 países. Destarte, de acordo com o professor Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas, a renda familiar é um fator significativo para essa desigualdade, já que muitas comunidades carentes por terem uma posição econômica desprivilegiada, não possuem acesso à tecnologia. Outrossim, a exclusão digital não é somente a ausência física de computadores, acessórios e conexões, mas também de recursos que permitem o uso adequado da tecnologia. Nesse sentido, segundo o projeto "Favela,Opinião e Mercado", que realiza pesquisas em zonas de baixa renda, o processo desigual de disseminação do acesso a internet entre a população das diferentes cidades do Brasil reflete no nível heterogêneo de riqueza e escolaridade entre as regiões do país. Desse modo, esse alcance facilitado colabora visivelmente para a melhoria da educação e, por vezes, da obtenção de empregos, já que o conhecimento de informática possui grande relevância na contemporaneidade. Por tudo isso, para que essa realidade não se torne cada vez mais solidificada no país, é essencial que algumas melhorias sejam asseguradas. Portanto, o Governo Federal, em parceria com grandes empresas, deve desenvolver cabines de acesso público a internet e nas instituições de ensino para que, por meio desse, maior parte da população seja inclusa no uso das informações fornecidas. Bem como, as escolas possuírem o uso dinâmico dessa tecnologia, a fim de obter uma maior democratização da informação.