Operações bancarias, compras em lojas virtuais com entrega em domicílio e educação a distância, são exemplos de como a tecnologia trouxe qualidade de vida para população, democratizando a informação e agilizando tarefas que antes consumiam tempo e energia do cidadão para serem concluídas. Entretanto, devido a grande desigualdade social existente no Brasil e as disparidades regionais existentes entre as regiões brasileiras, resulta na exclusão de grande parcela da população aos benefícios proporcionadas pela tecnologia. Nesse viés, é necessário ações por parte do poder público, visando a inclusão plena da sociedade nessa nova era regida pela informação. Primeiramente, vale destacar que muitos avanços foram feitos em relação a inclusão digital da sociedade no Brasil, pois, de acordo com o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no período correspondente entre 2011 e 2017, a proporção de brasileiros que fazem uso da Rede Mundial de Computadores passou de 20,9% para 46,5%. Todavia, é necessário ressaltar que a maior parte dos pontos de acesso à internet no país se concentram em áreas urbanas em bairros de classe média, como prova desse fato, o Instituto Cabral em uma pesquisa feita com famílias de baixa renda, constatou que somente 8,31% das famílias entrevistas tinha acesso à internet, revelando com isso a relação existente entre desigualdade social e exclusão digital no país que precisa ser corrigida. Em segunda análise, vale inferir também, as disparidades de acesso a informação que há entre as regiões da Federação, uma vez que enquanto na Região sul e sudeste do país mais de 50% dos cidadãos tem acesso à internet em suas residências, nas regiões norte e nordeste do Brasil esse número não chega a 30%, segundo o IPEA(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Isso ocorre, devido à carência de infraestrutura com a qual essas regiões sofrem, que por sua vez é fruto de um processo histórico que desdo do início da era Vargas com política de substituições de importação concentrado a maior a maior parte dos investimentos ligados a infraestrutura no Centro Sul, contribuindo para o aumento das disparidades entre as regiões brasileiras, o que também precisar se corrigido por parte do Estado. Logo, visando sanar essa mazela além de investimentos em infraestrutura em áreas desprovidas do país, o Governo Federal poderia criar centros culturais pelo Brasil em áreas periféricas equipados com laboratórios de informática para beneficio da população carente. Ademais, o Ministério da Educação disponibilizar nos currículos escolares tempos voltados para aulas de informática, visando com isso garantir além do acesso à tecnologia o conhecimento necessário para manuseá-la, beneficiando assim os cidadãos brasileiros.