“ArphaNet”, foi a terminologia utilizada para a criação de um sistema de informação durante a Guerra Fria para garantir a comunicação entre as bases militares. Desde então, a evolução da internet e dos meios de comunicação foi tão massiva e disseminante que não conhecer, praticar, ou vivenciar a ” informação digital” é sinônimo de atraso, desenvolução e primitivismo. Por outro lado, a universalização da comunicação digital ainda permanece incipiente e surge como desafio para a população num cenário de inclusão social. É improvável que o homem negue ou afaste os novos meios de comunicação e a internet, visto as possibilidades de transcendência econômica, social e política que proporcionam. Á crítica, contudo, é a falha em incluir todas as entidades sociais nesse contexto e garantir o direito à informação que vigora em lei. Por exemplo, embora o pais desponte como o quarto em usuários conectados à internet, apenas 26% destes pertencem a zona rural. No recorte regional, o índice é de 40% contra 64% da região sudeste. Essa disparidade também é vista no contexto socioeconômico, com as classes E e D com menos acesso. O resultado é um “ apartheid digital” com múltiplas causas socioeconômicas. Outra vertente dessa “ exclusão digital” é o cenário educacional que padece de uma infraestrutura adequada e profissionais capacitados. O advento das ferramentas de informação nas escolas ainda é muito limitado e de modo semelhante a inserção de um profissional de informática que elenque os princípios da informação digital como modificador social é carente. Essa problemática gera dois personagens: um indivíduo sem acesso mesmo diante dos meios de comunicação; e aquele com acesso, mas que se robotiza pela falta de instrução. Infere-se, portanto, que as raízes da exclusão digital têm naturezas social, econômica e educacional, e, portanto, ações corretivas nesses prismas são necessárias. No meio socioeconômico, cabe ao governo em suas três esferas (municipal, estadual, federal) combater às desigualdades sociais. No mesmo contexto, criar programas que forneçam meios para garantir não só os meios de comunicação como o acesso à rede virtual é vital nos centros rurais e nas regiões menos favorecidas. Finalmente, a escola deve instituir nas grades de ensino uma maior ênfase as ciências informacionais e suas tecnologias a fim de formar um cidadão com pleno domínico crítico do uso racional das redes digitais de comunicação.