No contexto da revolução Técnico-Científica, o avanço da tecnologia não tem sido acompanhado pela acessibilidade desta. Nessa perspectiva, observa-se que a falta de instrução técnica e as desigualdades financeiras no Brasil corroboram com o baixo acesso à esse progresso. É lícito salientar, primeiramente, que o processo de globalização facilitou a inclusão digital no mundo. Porém, no Brasil, o alcance do mundo digital ainda é restrito a, segundo a revista Exame, 57,8% dos domicílios em 2015. Ademais, a falta de cursos técnicos oferecidos pelas empresas e pelo Estado para formação de profissionais capacitados para usufruírem da tecnologia presente ainda se configura como um entrave ao uso pleno dessas inovações. Sob tal ótica, é indubitável que o avanço social fica comprometido. Visto que quase a metade das residências não possuem acesso à internet, a população fica atrasada na inclusão digital, a qual traz vantagens para a vida social. Além da falta do aparato tecnológico residencial, o conhecimento básico escasso na área de trabalho compromete o desenvolvimento de uma educação melhor e o rendimento nas empresas. Nesse viés, é nítido um atraso em relação a outros países, os quais, por meio da tecnologia, alcançaram um grande progresso social. Dessa forma, depreende-se que a ausência pública e privada potencializam esse entrave. Portanto, é papel dos Governos Estaduais e das empresas privadas oferecerem cursos gratuitos de conhecimentos técnicos básicos direcionados para cada especialização a fim de melhorar o aproveitamento dos profissionais. Urge, também, que o Estado aprimore a rede de internet brasileira e diminua os impostos excessivos sobre os produtos tecnológicos para que uma maior parcela da população seja inclusa no mundo digital.