“A gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte...” a música do grupo Titãs revela um descontentamento com a disponibilização apenas do básico. O básico, não é suficiente para manter o indivíduo socialmente inserido. Esta exclusão pode acontecer de várias formas, como é o caso do não acesso às tecnologias digitais. Em um mundo planificado, como defende Thomas Friedman, em que informação é poder, é necessário promover à igualdade de condições para se ter uma competição justa. A exclusão digital sentencia o cidadão ao abismo social. O que fazer para mudar esta realidade? Em primeiro lugar, no Brasil, observa-se grande desigualdade no fornecimento de serviços tecnológicos. Segundo uma pesquisa financiada pela empresa Facebook, em 2016, cerca de 70 milhões de brasileiros não tiveram acesso à internet, essa parte substancial da sociedade corresponde a fatia mais pobre, e encontra-se, em sua maioria, nas regiões Norte e Nordeste. No mundo atual, em que as relações e informações transitam na velocidade de milhões de bits por segundo, quem não tem acesso a essa e outras tecnologias, encontra-se em desvantagem na dura competição capitalista. Outro ponto que contribui para a exclusão digital, trata-se da falta de políticas públicas voltadas para os que tem mais dificuldades de se inserir neste meio. As questões culturais e de idade, podem figurar como exemplos latentes desta realidade. A pirâmide etária brasileira está em processo de alargamento na parte superior, e, portanto, o número de idosos cresce a cada ano. Esta parcela social, normalmente tem dificuldades em manejar as novas tecnologias. Bem como, alguns grupos sociais. O índio, por exemplo, que possui raízes profundas em suas crenças e costumes, normalmente tem maior dificuldade em absorver novos mecanismos. Dessa forma, o Governo deve investir em políticas públicas para promover a inclusão digital. O acesso à tecnologia deve acontecer, mesmo nos lugares mais distantes e para os mais diversos grupos sociais. Para que isso aconteça, é necessário um programa especifico que leve conectividade e conhecimento para todos. Este dar-se-á por meio de parcerias, entre as instituições públicas e empresas privadas, pois empresas como o Facebook e Google já possuem formas de disponibilizar internet em áreas distantes e sem estrutura. O Governo deve ainda promover cursos especializados para cada grupo social, que sente dificuldade na área, conservando sua cultura e identidade, mas também, levando conhecimento e inclusão.