É sabido que o Brasil é um dos países com maior índice de exclusão digital, assim como comprova a pesquisa realizada pelo RITLA (Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana). Embora de 2001 até 2005 o acesso à internet tenha crescido em mais de 60%, a desigualdade segue de forma vertical ao redor dos estados, Sul e Sudeste integram a porcentagem supracitada, enquanto todas as outras regiões sofrem da déficit tecnológica. Fato é que a desigualdade tecnológica cresce cada dia mais no país, um dos fatores que causa esse problema é a economia de cada região, Sul e Sudeste detém os maiores PIBs e, consequentemente, maior quantidade de pessoas conectadas à internet. Por outro lado, regiões como o Norte e o Nordeste possuem os menores PIBs nacionais, por serem regiões voltadas para atividades rurais e afins, contando com uma pequena parcela da população conectada na rede de computadores. Não muito distante, o pouco ou quase nulo desejo de espalhar tecnologia e distribuir aparelhos eletrônicos aos cidadãos desprovidos dos periféricos é real, o governo não encontra verba para, por exemplo, distribuir laptops em escolas necessitadas. A falta de organização no repasse do dinheiro público agrava ainda mais a situação, deixando cada vez mais de lado o futuro digital aqueles sem uma boa situação monetária. Em virtude dos fatos apresentados, é necessária uma intervenção urgente na desigualdade tecnológica. Em primeiro lugar, o MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) deve colaborar com o governo na criação de normas voltadas para a utilização da verba pública no âmbito digital de forma consciente, através de sanções com a participação dos mais diversos órgãos. O trabalho exercido por ONGs como a ABRASO (Agência Brasileira De Desenvolvimento Sustentável E Tecnologia Social) é um exemplo notável e deve ser incentivado por pessoas dos mais diversos estados, afim de gerar, para seus companheiros, um ambiente digital mais amplo e horizontal.