O Brasil é um país rico em recursos naturais, embora não os utilize em benefício da população. Assim acontece com a tecnologia: tem-se consciência da sua existência, mas a falta de estímulo para usufruir dela de maneira eficiente gera a exclusão digital da maior parte da população. Principalmente nas áreas rurais, onde a internet tem se desenvolvido, sobretudo nas grandes empresas do agronegócio, a maior parte da população idosa não se familiariza com a ferramenta. Isso vem da mentalidade conservadora dos mais velhos do campo. Comparativamente, os idosos do meio urbano se adaptaram a ela(mesmo com certa dificuldade), devido aos estímulos, como exigência do trabalho. Para incluir a população idosa provincial no mundo digital , os jovens que estão sempre com a ferramenta poderiam ser incentivados a ensinar os sênior como utilizá-la e seus benefícios para o uso pessoal e da comunidade, quebrando o conservadorismo. Para tanto, bate-se de frente com outro problema que o mundo enfrenta mediante à digitalidade: sua utilização para fins não proveitosos para a própria pessoa nem para aqueles ao seu redor. Os jovens, em grande parte os de classes mais baixas, não têm consciência de que estão usando uma fonte de acesso ao conhecimento irrestrito e de que têm oportunidade de ascensão econômico- social muito maior que a de seus pais: por meio do acesso virtual e gratuito á educação .Por que? Falta de estímulo. Caso os professores (principalmente da escola pública, já que grande parte das particulares têm esta consciência), começassem a usar tecnologia nas salas de aula, quereriam os aprendizes buscar informações úteis através dela. Afinal, a Ciência é um instrumento do saber criado para apoio do saber. Em suma, para estar incluído no mundo digital, não basta apenar ter acesso a ele; é necessário usá-lo a favor do ser humano, para tornar a realidade melhor, acabando com a alienação, que é a falta de bagagem histórico- cultural, necessária para a formação de mentes críticas em relação às informações recebidas. O manuseio correto da tecnologia poderia levar, por exemplo, ao conhecimento da Declaração de Direitos, evitando a escravidão, injustiça, desigualdade salarial, entre outros problemas que os empregados enfrentam na hora de serem contratados. A dificuldade de persuasão garantiria a melhoria do país enquanto democracia. Em conclusão, não apenas o acesso à internet, mas também o “como” usá-la é algo em que o governo deve investir. Não é só tarefa dele, no entanto. Mas da comunidade geral garantir este direito. Começando pelo emprego de mestres capazes de levar a tecnologia funcional aos alunos, que “desalienariam” suas famílias e, por efeito dominó, a maior parte da população brasileira de baixa renda. O estudo, somado com a inclusão digital proveitosa poderia fazer o povo clamar por seus direitos e pela democracia. E finalmente serem ouvidos.