Ao dizer que “a tecnologia move o mundo”, Steve Jobs exalta o papel do desenvolvimento tecnológico no mundo globalizado. Nesse aspecto, com a progressiva modernização nos meios de comunicação e informação, a inclusão digital se mostra relevante para o desenvolvimento de um país. No entanto, o Brasil apresenta desafios no que diz respeito ao acesso à tecnologia. A princípio, é nítido um processo desigual na distribuição do aparato tecnológico necessário para inclusão digital em determinadas regiões do país. Com isso, em locais que não há sequer energia elétrica, situação de precariedade, a população é parcialmente ou totalmente excluída do mundo digital. Ademais, é evidente que a escassez de acesso à internet em regiões remotas se dá pela falta de estrutura e, além disso, se relaciona com desigualdades sociais. Assim, é necessário um planejamento no processo de inclusão que envolva determinantes sociais e econômicas, assim, ampliando o acesso à tecnologia. Mesmo no período chamado de Terceira Revolução Industrial, onde, em média existe um smartphone para cada habitante do Brasil, a utilização desses meios não é plena. Analogamente, a falta de capacitação necessária para manusear e expandir as oportunidades de conhecimento que o celular proporciona, dificulta também o acesso à educação. De certo, com a ascensão da internet no século XXI, plataformas educadoras e meios de comunicação foram facilitadores para que muitas pessoas obtivessem capacitação, e, por consequência, sucesso no mercado de trabalho. Desse modo, a exclusão digital é um atenuante para as mazelas sociais existentes na atualidade. Portanto, é necessário que o setor de telecomunicações seja tema de discussão pelas entidades governamentais para que o processo de inclusão digital seja reformulado e a difusão dos meios tecnológicos se torne igualitária. Além disso, o Ministério da Educação deve buscar entidades parceiras para a modernização do ensino público, incluindo a tecnologia como mecanismo lúdico para o ensino das disciplinas. Dessa forma, gradualmente, será possível construir uma sociedade interconectada e, finalmente, mais engajada.