No período da Idade Média, a Igreja Católica aliada à nobreza, buscaram, de todas as formas, impedir o acesso de informações, por parte da população, consideradas importantes, assim mantinha o controle da ordem social. Na contemporaneidade brasileira a exclusão digital tem como causa, principalmente, serviços de má qualidade em consonância com altas taxas e mensalidades abusivas. Com isso, a maior parte da população se torna alienada, refém da mídia televisiva. É notório que os preços e serviços oferecidos pelas operadoras de telecomunicações causam impactos diretos e indiretos no atual índice de inclusão digital, visto que muitas famílias optam por necessidades mais básicas e consideradas de mais importância. Segundo Cabral, em 2005, somente 8,31% dos brasileiros possuíam acesso a internet e estes se encontram em áreas urbanas, nos bairros de classe média e alta. Desse modo, boa parte das pessoas, por falta de opção ao acesso de informação, se tornam alienadas, impulsionadas a comprar e seguir os preceitos e morais introduzido pelo maior meio de comunicações conhecido hoje, a televisão. Antônio Gomes Lacerda afirma que a alienação é o caminho da servidão. Diante disso, a falta de inclusão digital na contemporaneidade tem por principal fator os altos preços e péssimos serviços prestados. Para combater essa problemática, o Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, deve criar um projeto que reduza os impostos cobrados, as empresas de telecomunicações, em áreas consideradas menos desenvolvidas. Além disso, o Governo Federal deve dar incentivos fiscais as indústrias nacionais, visando reduzir os preços praticados no comércio de eletrônicos. Talvez assim, essa temática possa ser resolvida, com o passar dos anos.