Ao analisar o tema inclusão digital, vê-se que na realidade ele não é acessível para todos os brasileiros e nem em todos os lugares. Apesar de a tecnologia corroborar a capacidade técnica e intelectual do ser humano, ainda é comum o descaso com a sociedade, limitando a inclusão social e marginalizando as pessoas que não a tem. Durante a Segunda Guerra Mundial, Alex Turing criou o computador, com objetivo de criptografar mensagens nazistas. A importância dessa máquina foi tão grande que, no século XXI, foi aprimorada e faz parte do cotidiano de muitas pessoas no mundo inteiro. Entretanto, uma ferramenta tão importante quanto o computador e, posteriormente, a internet, que permite a globalização de dados, relações sociais e negócios, não abrange todas as pessoas. A necessidade de adentrar o mundo virtual é apenas um sonho para grande parte da população que vive de baixa renda ou que mora longe dos grandes centros urbanos. O custo, a falta de ensino básico para a utilização dos computadores e o escasso sinal de internet em áreas retiradas limita muito o acesso. Essa é uma situação que está praticamente resolvida no Japão, pois, de acordo com o Instituto de Tecnologia de Tóquio, existem serviços de internet que cobrem noventa e cinco por cento do território, oferecida gratuitamente pela maioria dos estabelecimentos. A educação japonesa já se adaptou as novas exigências do mercado de trabalho, oferecendo a iniciação básica de computação aliada à educação convencional. Com isso, é possível um alcance de quase cem por cento de abrangência dessa tecnologia, uma realidade que está distante do Brasil. A inclusão digital é um direito do ser humano, pois permite a educação à distância, a aproximação de pessoas e empresas e até mesmo a possibilidade de obter renda. No entanto, nem todas as pessoas têm acesso a essas tecnologias, limitando o poder social. Portanto, a partir do Governo Federal, em parceria com iniciativa privada, é possível que haja um financiamento definitivo em pesquisa tecnológica e sua realização no Brasil. Proporcionar, através da redução de impostos e aplicação tecnológica, internet gratuita e de boa qualidade por meio de satélites, irá promover melhor qualidade de vida para muitas pessoas. Também, com a educação formal nas escolas, proporcionada pelas prefeituras da cidades, pode aumentar a abrangência de escolas com período integral que proporciona períodos com ensino de computação, eliminando, assim, as mazelas da exclusão digital.