A década de 60 no brasil foi um momento de mudança na organização e distribuição espacial, foi possível se observar, pela primeira vez , o meio urbano tornando-se mais ocupado em comparação ao rural. Com isso pode-se observar o crescimento horizontal associado com a conurbação de metrópoles em grandes certos urbanos, tal fato trouxe consigo uma urgente necessidade de locomoção que fora saciado pelo aumento constante de automóveis particulares. O que, teoricamente, seria de grande ajuda, aos poucos tornasse um caos. Atropelamentos, ocasionando mortes de pedestres e motoristas, são fatores que ocorre no trânsito das grandes cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, atualmente, a violência no trânsito consiste em uma das grandes problemáticas no meio citadino. Ao se observar o epicentro da série de problemas no trânsito, temos os motoboys. Eles são trabalhadores, majoritariamente, do setor informal, tendo como função o transporte de mercadorias, em alguns casos até pessoas. No contexto urbano, em que o congestionamento é um fator constante, os motoqueiros, com objetivo de entregar a encomenda no tempo estimado, trafegam entre dois carros, nos ditos corredores, acarretando, infelizmente, acidentes que muitas vezes são fatais. Concomitante aos problemas relacionados aos acidentes com motoboys, deve-se destacar uma prática comum, mas muito prejudicial, dirigir embriagado. No estado de embriaguez, o indivíduo tem suas capacidades cognitivas e motoras comprometidas, destarte, aumentando o risco de acidentes ocorrerem e conseguinte, as mortes no trânsito, contudo, há no âmbito jurídico, uma lei que criminaliza a prática supracitada, a lei seca, todavia, ela torna-se falha, pois, tornar obrigatório o teste que indica estado de embriaguez é inconstitucional, e um motorista bêbedo pode negar-se a fazer o teste. É notável que o transporte público brasileiro é sucateado, e inferindo que a violência no trânsito é correlata com a necessidade de mobilidade urbana, conclui-se que com consideráveis investimentos em transporte público de qualidade essa problemática pode ser revertida, em outras palavras, ao investir em um aparato como a malha metroviária que, naturalmente, liga dois pontos em uma velocidade consideravelmente alta, o motorista verá aquilo como vantajoso e o preferirá em detrimento do automóvel, acarretando, possivelmente, na superação da crescente taxa de homicídios no trânsito e por fim, como diz o geógrafo Milton Santos, o espaço se tornará menor.