De acordo com dados da OMS, organização mundial da saúde, o Brasil possui o quinto maior índice de mortes no trânsito. Sendo que uma parte considerável dos acidentes são derivados da violência em rodovias, ruas e avenidas, em que os automóveis são utilizados como se fossem armas de fogo. Nesse contexto, deve-se analisar a perda de uma população economicamente ativa e o trauma das vítimas sobreviventes como impactos da violência no trânsito brasileiro. A perda de uma população em idade economicamente ativa é o principal impacto proveniente da violência no tráfego. Isso se justifica devido aos bilhões anuais de impostos que não chegam aos cofres públicos. Em decorrência disso, o governo tende a aumentar os impostos que já são altos para suprir um déficit que o próprio poder público promoveu devido à falta de leis que punam os violentadores. Além disso, nota-se, ainda, que as vítimas podem sofrer de traumas psicológicos derivados da selvageria exacerbada que está presente no tráfego brasileiro. Pois, segundo o cientista social Max Weber, a sociedade industrializada, chamada de orgânica, se baseia na individualidade e na intolerância, esta que age nos motoristas quando sofrem uma ultrapassagem na pista ou algo não acontece da forma como gostariam. Por consequência, o veículo garante uma sensação de poder que aliado à altas velocidades é responsável pelos acidentes e violência no trânsito. Torna-se evidente, portanto, que a fúria no tráfego não só afeta as vítimas, como também desestabiliza o país. Em razão disso, o Departamento Nacional de Trânsito deve em conjunto com o poder Legislativo promover leis mais rigorosas em combate à violência no trânsito punindo os responsáveis e não liberando Habeas Corpus. Ademais, o mesmo departamento deve promover acompanhamento psicológico para as vítimas e propagandas mais constantes sobre os riscos do trânsito. Dessa maneira, o Brasil não continuará a sofrer com os impactos que motoristas promovem diariamente nas principais vias do país.