A Espanha possui um sistema harmônico nas vias urbanas, no qual as pessoas se respeitam e a segurança no transporte é garantida. No entanto, o Brasil não usufrui dos mesmos benefícios, visto que o alto índice de violência no trânsito causa impactos nocivos para a sociedade em decorrência dos desvios de condutas morais e legais dos brasileiros. A priori, os acidentes no trânsito recorrente das imprudências prejudicam não somente para os envolvidos, mas toda a população. Conforme o pensamento do papa Paulo II, a violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida e a liberdade do ser humano. Nesse parâmetro, as ações inconsequentes de motoristas sob alta velocidade, direção alcoolizada, uso de celular no volante, entre outras infrações, no intuito de suprir suas vontades, infringe os direitos de todos à sua volta. Dessa forma, além de atentar contra a vida, a superlotação de hospitais e os gastos financeiros ocasionados pelas tragédias no trânsito reduz a assistência médica e outros serviços para os cidadãos. Outrossim, o desrespeito às normas de condução de veículos afeta a mobilidade urbana. Segundo Millôr Fernandes, erudito é um sujeito que tem mais cultura do que cabe nele, de modo que esse pensamento condiz que em função da impunidade das infrações no trânsito – os processos desses casos no judiciário não são resolvidos – a maioria se aproveita disso por estar intrínseco na sua cultura. Contudo, os desastres acometidos fazem aumentar os congestionamentos, que, por sua vez, aumentam as agressões durante as ultrapassagens e ocasiona um ciclo que afeta a qualidade de locomoção por completo. Logo, a violência no trânsito é negativa para a segurança de ir e vir e prejudica todos os setores que dependem de verbas públicas. Portanto, é indispensável que o Ministério de Segurança amplie os sistemas de radares e bafômetros por todas as regiões do país e que o judiciário acelere os processos em andamento para punir ou oferecer acordos, a fim de que as violências sejam tão identificadas quanto resolvidas. É relevante ainda que as Secretarias de Transporte e Educação promovam palestras nas escolas para educar os adolescentes a se tornarem adultos responsáveis no trânsito. Somente assim será possível construir um ambiente de harmonia nas ruas e estradas do país.