“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”, disse o filósofo francês Sartre. Em paralelo a esse pensamento, os impactos econômicos, sociais e psicológicos advindos da violência no trânsito brasileiro têm derrotado o Estado e a família da grande parte da população brasileira. Primeiramente, vale salientar que é de grande impacto social a perca de um ente querido, que por uma discussão no trânsito pode ter a sua vida ceifada. Além disso, para a família desse ente gera-se um impacto psicológico, visto que pode desenvolver em alguma pessoa da família um trauma emocional, perdendo essa o interesse de se locomover num transporte semelhante ao que o seu ente desfrutava. Igualmente, a violência no trânsito brasileiro gera um extremo desgaste econômico para o Estado, já que as despesas hospitalares, com policiais e bombeiros são obrigações do Governo Federal, tirando a possibilidade de custear o tratamento de uma doença para o bem da população ou até mesmo melhorar esses setores para o bem da sociedade. Segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária, aproximadamente 56 milhões de reais são gatos por ano com os impactos causados pela violência no trânsito, o que significa que o Estado de investir em saúde e educação para subsidiar as consequências dos impactos que os motoristas imprudentes cometem; e, aproximadamente 44 mil pessoas morrem por ano sendo vítimas de condutores negligentes, fortalecendo a temática da velha desculpa, “foi sem querer”. Fica claro, portanto, a adoção de medidas para resolver o impasse. É preciso que o Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN- em parceria com o Ministério da Educação promova palestras frequentes, nas escolas, ministradas por guardas municipais sobre a educação no trânsito, com o intuito de formar uma futura geração consciente e educada no trânsito e com isso amenizar os impactos sociais e psicológicos das famílias. Já no curto prazo, o DENATRAN, por meio da mídia, deve criar campanhas publicitárias para conscientizar os motoristas a não serem irresponsáveis e imprudentes, para, minimizar os impactos traumáticos. Por fim, o Poder Legislativo deve enrijecer as sanções das leis de crime no Código de Trânsito Brasileiro com a suspenção da carteira de habilitação do motorista imprudente enquanto ele não custear parte das despesas médicas da vítima, a fim de diminuir os impactos econômicos que a violência no trânsito impõe ao Estado.