Embora a violência no trânsito cause incontáveis mortes diariamente, ela é negligenciada pela mídia, mesmo crescendo à altos índices, de maneira desenfreada e em suas mais variadas vertentes. Naturalmente, a cultura da violência no Brasil contemporâneo está usufruindo da impunidade. É notável que a mídia, almejando os lucros, deixa de gerar uma opinião crítica a respeito do problema, não fornecendo a devida atenção para os fatos, isso quando nem ao menos noticiam os acontecimentos. Muitas vezes os canais de televisão optam por inserir qualquer outro conteúdo em sua grade de programação, pois as pessoas não querem saber se "fulano" morreu após uma briga no engarrafamento, a conscientização social, que deveria se fazer presente, é inexistente. Por sua vez, cidadãos não qualificados à dirigir acabam expondo a própria vida e a de diversas outras pessoas em risco. Vários são os fatores que definem um cidadão que não está apto a dirigir, desde não possuir habilitação até não estar sob controle de suas faculdades mentais. Ao afirmar que a violência é sempre uma derrota, Jean-Paul Sartre focaliza um mundo mais social e com menos desavenças, ideia necessária para equilibrar os polos de cada indivíduo. De modo a resolver este enorme mas pouco explorado problema, algumas medidas devem ser tomadas. O governo, em coadjuvação com os mais diversos meios de comunicação, deve investir uma porcentagem dos impostos em campanhas de conscientização para atuais e futuros motoristas, a fim de os preparar para as mais diversas situações. Ainda por parte do governo, se fazem necessárias penalidades mais rígidas contra qualquer tipo de violência por meio de mudanças estruturais no Código Penal Brasileiro. Além disso, a sociedade deve deixar de banalizar tais atos através da troca de informações conscientes, para assim gerar uma grande diminuição nos casos de violência no trânsito.