O desenvolvimento rodoviário brasileiro teve início nas décadas de 50 e 60, no governo de Juscelino Kubstcheck, e teve como frase motivadora "governar é construir estradas", dita pelo antigo governador Washington Luís. Tal lema possibilitou o atual sistema de trânsito brasileiro, o qual tem enfrentado sérios problemas de violência. Dessa forma, convém analisar as principais consequências causadas por esse problema. Para Voltaire, pensador iluminista do século XX, a civilização não suprime a barbárie, aperfeiçoa-a. Sob essa perspectiva, o crescimento populacional e a vida em sociedade, em meio á globalização mundial, não garantem indivíduos civilizados, isso se prova com os constantes casos de violência que perduram principalmente no trânsito brasileiro. É visto que, na sociedade atual a cultura da pressa, da impaciência, da ansiedade e do estresse, que interfere no modo de agir dos motoristas, é uma grave consequência do mundo globalizado. Tal situação é inadmissível, pois com esse comportamento voltaremos a ser 'homens das cavernas' fazendo jus à citação iluminista. Outrossim, segundo dados do Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito, o Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, o que reforça o pensamento de Voltaire sobre a barbárie humana na vida social, tendo como impacto a dificuldade do convívio em sociedade. Diante disso, seria importante que no processo de habilitação para formação de motoristas, fossem inseridas aulas de comportamento tolerante perante aos acontecimentos de imprudência ao dirigir, uma vez que, como seres humanos, somos passível ao erro. Portanto, medidas são necessárias ao combate dessa problemática. É indispensável que o Governo Federal, em parceria com as autoridades de trânsito, invista em programas educativos sobre essa temática, de modo a promover palestras para a sociedade brasileira nos processos de formação de motoristas nas autoescolas, por meio de tecnologias de informação, como a internet e a mídia televisiva, a fim de obter uma educação potencializadora no combate à esse tipo de violência. Dessa forma, aperfeiçoaremos a civilização e não a barbárie, como citado por Voltaire.