Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os impactos da economia colaborativa no cenário de crise econômica do Brasil

Redação enviada em 31/07/2018

Através de uma perspectiva histórica, é possível perceber uma contínua mudança nas formas de trabalho experimentadas pela humanidade. Como exemplo desse processo, na Idade Média, ocorreu a migração dos camponeses, que se submetiam a um vínculo de servidão com seus senhores, para as cidades, em busca do exercício livre de seus ofícios. Atualmente, ocorre no Brasil a expansão da economia colaborativa, a qual traz desafios e oportunidades para a consolidação de uma nova modalidade do mercado de trabalho, que se encontra numa situação precária, por conta da crise política e econômica vigente no país. Primeiramente, é necessária a compreensão de que a expansão exacerbada da economia colaborativa pode conduzir um enorme contingente de trabalhadores para o mercado de trabalho informal. Segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria, ocorreu em 2017, no Brasil, um aumento de 14% no número de trabalhadores informais, os quais não possuem direitos trabalhistas e previdenciários. Nesse sentido, é fundamental que haja uma atenção do Estado quanto à regulamentação dessa modalidade de trabalho, tendo em vista o risco de que um enorme contingente de trabalhadores, despidos de seus principais direitos trabalhistas, entrem em uma situação de vulnerabilidade econômica e social. Por outro lado, predomina na atualidade o fenômeno da “Modernidade Líquida”. Idealizada pelo sociólogo Zygmunt Bauman, tal teoria explica que, no mundo contemporâneo, são frequentes os casos em que ocorrem um afrouxamento dos vínculos sociais entre indivíduos e instituições, a exemplo de empregados e empresas. Como fato positivo desse processo, ocorreria um aumento das possibilidades de empreendedorismo, ao passo que os trabalhadores seriam livres para exercer seus ofícios de forma autônoma e buscar novas oportunidades de trabalho. Sendo assim, é fundamental que o Ministério do Trabalho atente para a formação de uma rede de proteção ao trabalhador, que consistiria em ações de fiscalização, realizadas por agentes, de modo a evitar abusos nas relações de trabalho. Além disso, ONGs seriam responsáveis pela realização de oficinas educativas nas escolas, as quais ministrariam aulas de empreendedorismo, de modo a preparar estudantes e trabalhadores para o novo mercado de trabalho. Assim sendo, as novas oportunidades geradas pela economia colaborativa seriam um importante vetor de superação da atual crise econômica.