Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os impactos da economia colaborativa no cenário de crise econômica do Brasil

Redação enviada em 09/06/2018

Desde o segundo trimestre de 2014, o Brasil vem enfrentando uma crise econômica de grandes proporções. Junto à elevação do índice de desemprego, também cresceu o número de indivíduos em busca de novas alternativas de angariar recursos financeiros. Nesse contexto de recessão, a economia colaborativa tem se mostrado potencialmente eficaz no incremento da renda de muitos brasileiros. Entretanto, ao mesmo tempo que garante o sustento de várias famílias e a melhor utilização dos bens pessoais, essa modalidade econômica, não raras vezes, é vista concorrência desleal às empresas formais. Na obra “The Zero Marginal Cost Society” ,uma das obras mais lidas sobre o tema, o autor, Jeremy Rifkin defende que “caminhamos para uma sociedade pós-consumo”, na qual ocorre uma inversão na lógica de utilização de bens e prestação de serviços, tornando menos interessante a “propriedade de coisas” e favorecendo o compartilhamento. Assim, com um método mais dinâmico e direto de locação de pertences e realização de trabalhos, vários indivíduos – incluídos ou não na taxa de desemprego de 13,1% ,segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do primeiro trimestre de 2018- têm tido a oportunidade garantir o sustento de suas famílias. Embora tenha mostrado grandes benefícios, a economia colaborativa também tem gerado oposição por parte de empresas e classes trabalhistas formais - como, por exemplo, é o caso de taxistas que insurgem contra os motoristas do aplicativo Uber- devido à ausência de regulamentação e tributação dessa nova maneira de realizar negócios. Desse modo , sem o pagamento de tributos ao Estado , essa forma de economia tem sido vista como concorrência desleal para as companhias formais privadas. Dessarte, a economia colaborativa tem um caráter dicotômico quanto aos seus efeitos no atual cenário brasileiro : gera renda a muitos indivíduos e, concomitantemente, propicia uma competição injusta com empresas formais. Assim, é essencial que medidas de legalização e tributação das atividades relacionadas a essa modalidade econômica sejam discutidas no Congresso Nacional, visando sua implementação prática e equiparação de direitos e deveres com as organizações privadas.