Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os impactos da economia colaborativa no cenário de crise econômica do Brasil

Redação enviada em 10/05/2018

Em 2014, o aplicativo “Uber” chegou ao Brasil, trazendo a proposta de facilitar o compartilhamento e a troca de serviços. Esse fenômeno no sistema de transportes, apesar de representar um avanço na forma de fazer comércio, enfrenta diversos desafios, dadas as polêmicas envolvendo os taxistas. Assim como o aplicativo de “caronas”, a economia colaborativa é caracterizada por fatores de ordem estrutural, bem como social, no dilema acerca de seus impactos no país. É importante pontuar, de início, a influência do cenário econômico contemporâneo no surgimento dessa nova visão da economia. À guisa do pensamento de Marx, em um mundo capitalizado, as mercadorias são fetichizadas, representando mais que apenas sua funcionalidade. Essa realidade é observada na ascensão de um modelo de consumo exacerbado, em que as noções de materialismo imperam. Nesse contexto, a chamada economia colaborativa surge com uma alternativa ao consumismo e à acelerada produção industrial ao propor a troca e a venda de produtos usados. Assim, aplicativos como a OLX, que promovem o comércio sem a inclusão das fábricas, representam um avanço na redução de impactos ambientais acarretados pelas indústrias. Apesar dos evidentes benefícios dessa nova percepção de mundo, ainda existem empecilhos a esse fenômeno. Nesse sentido, a falta de regularizações desses novos serviços é capaz de causar desequilíbrios e concorrências desleais. Tal fator é ratificado pelas recentes manifestações de europeus, em cidades como Paris, contra o Airbnb, serviço de aluguel por temporada, característico da economia colaborativa. Esses manifestantes alegam o aumento do preço dos aluguéis com a chegada do aplicativo, que confere maior lucro aos donos dos imóveis. Desse modo, torna-se claro as possíveis instabilidades desse novo modelo econômico sem as devidas regulações. É notória, portanto, a relevância de fatores estruturais e sociais na temática supracitada. Nesse viés, cabe às escolas, em consonância com a mídia, desenvolver campanhas acerca da importância da economia colaborativa e do consumo consciente. A ideia da medida é, a partir de palestras e debates nas salas de aula, além de propagandas educativas e telenovelas que abordem o assunto, consolidar na população brasileira uma visão mais crítica ao materialismo. Ademais, é dever do Governo, por intermédio dos órgãos responsáveis, regular os novos meios de comércio no país. Essa intervenção deve contar com a elaboração de leis voltadas à economia colaborativa a fim de minimizar os casos de concorrência desleal e garantir o equilíbrio das relações de comércio no país.