A economia colaborativa é um modelo de consumo baseado no compartilhamento e contribuição de inúmeros serviços. Antigamente, essa estrutura em rede existia em uma pequena proporção e foi crescendo exponencialmente nos séculos seguintes, especialmente por causa da tecnologia. Então, esse modelo atua objetivando a facilitação de trocas entre as pessoas, assim, é perceptível a ocorrência de um serviço mais acessível e uma solução para o desemprego decorrente da crise. Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o mundo pós-moderno trouxe a fluidez de um mundo líquido composto de relações sociais superficiais e efêmeras. Dessa forma, essa efemeridade ultrapassa o âmbito comunitário e também vai ser evidenciada na esfera econômica através das inúmeras rupturas de modelos de negócios, as quais estão mais frequentes. A economia compartilhada traz novos preços, serviços e até regras para a sociedade, logo uma nova maneira de pensar é propagada, o que modifica as formas de produção em várias áreas. Por conseguinte, uma maior acessibilidade e um melhor preço garante mais clientes para essas empresas colaborativas, principalmente em tempos de crise. Entretanto, muitas vezes, os produtores locais são prejudicados, pois não conseguem oferecer um melhor ou o mesmo valor, assim, acabam enfraquecidos e perdendo espaço. Ademais, com a inserção da economia compartilhada, a união de três âmbitos ocorreu: social, econômico e tecnológico, o que viabilizou projetos e conectou desconhecidos. Essa estrutura em rede necessita a colaboração de pessoas para acontecer e elas são sujeitos que adotam esse modelo de economia por causa da falta de oportunidades no mercado de trabalho e, especialmente, o desemprego.Porém, um dos grandes problemas é que esses trabalhadores não têm garantia de direitos, promovendo uma grande instabilidade em seu trabalho. Portanto, a economia em rede desencadeia uma aproximação de interesses, entretanto também há adversidades e medidas necessárias precisam ser tomadas. Dessa forma, o governo em conjunto com a mídia deve incentivar os produtores locais a criar aplicativos de seus serviços com a finalidade de competir com esse novo tipo de economia. E, o Ministério do Trabalho pode atuar regulando melhor as leis trabalhistas nessa nova estrutura, mediando a liberdade com o controle estatal, objetivando a criação de um ambiente mais estável.